Neste final de semana, nos dias 2 e 3 de janeiro de 2016, celebramos a Solenidade da Epifania do Senhor, festa esta que praticamente encerra o Tempo do Natal.
A Epifania, uma palavra bonita que explica o significado desta festa como uma grande revelação, um mover-se para a Luz (epi – mover-se; fania-luz ou aparição). Assim há um mover-se para o que aparece. Quem se move são os Reis Magos que a tradição nos ensina que procuravam o Messias que aparecia nas leituras que eles faziam dos astros. Assim eles seguem as estrelas e especialmente uma que lhes conduzirá ao lugar onde o menino prometido nascerá.
Este menino atrai esses reis através de suas ciências pagãs mas também era profetizado pelos antigos profetas de Israel. Profecias essas que se contradiziam sendo umas de glória e outras de uma morte infame que deveria passar. De tudo o que era predito, o Messias seria um novo Davi, porém com maior autoridade, porque além de unir o Povo ele iria também redimí-lo com Deus, oferecendo ao seu povo o perdão dos pecados.
Por um grande milagre, ao se aproximarem do modesto lugar onde o menino nascera, estes reis foram tomados por uma indizível alegria, uma Epifania. Estes homens representativos de seu tempo tem a grata alegria de serem símbolos vivos de toda a humanidade. A adoração dos Reis Magos é a adoração de toda humanidade diante de seu Rei e Senhor.
Os notórios presentes que eles trazem para o Menino – ouro, incenso e mirra –, no dizer de Bento XVI, são presentes inúteis para o recém nascido e sua mãe, pois não atendem as necessidades de um recém nascido. Qual seventia haverá para um bebê o incenso, queimado em tantas liturgias? Em quê poderia ser usada a mirra, uma erva amarga conhecida por suas propriedades curativas mas que de nada serviria a um bebê sadio? O ouro tem seu valor, sem dúvida, porém naquilo que pode ser trocado. Como a Sagrada Família estava fugindo de Herodes e estavam num lugar simples como Belém a troca se dificultaria enormemente.
Sem dúvida o valor utilitário deve ser esquecido para se lembrar o valor simbólico de tais dons. O ouro é sempre um sinal de Realeza. A humanidade deve reverenciar e ter este Menino como único e derradeiro rei. O incenso é uma clara alusão à Divindade. O Menino é verdadeiro Deus, Filho Unigênito de Deus Pai e que veio ao nosso encontro para ser amado acima de todas as coisas. A Mirra, pelo seu amargor, mostra-nos o Sacrifício deste Messias para a Salvação do mundo. A Bíblia nos mostra o grande zelo com que os homens e mulheres piedosos se colocavam diante de Deus questionando-se: “O que ofertar a Deus por todo o Bem que Ele nos concede”. O próprio Deus, no seu Filho, é a Suma Ação de Graças tornando-se o eterno Sacrifício no qual todos são redimidos pelo sangue.
Diante de símbolos tão eloquentes podemos usá-los como lembretes de uma sincera vivencia religiosa. A Glória de Deus se manifestou na Encarnação de seu Filho e doravante homens e mulheres possuem a Alegria de viverem a glória de Deus em suas vidas. Devemos viver as virtudes, os valores, os exercícios espirituais... e tantas outras coisas próprias à vida religiosa Católica como grande possibilidade de glorificar a Deus em nossas vidas. A perfeição da fé e adoração se faz com o desejo de viver a vontade de Deus em nossas vidas.
Assim amemos a Jesus com o ouro que podemos dar-Lhe quando O deixamos reinar em nossos corações! Adoremos a Jesus, Deus Filho, com nossas orações, louvores e
meditações! Contemplemos Nosso Salvador na sua prova sublime de Amor a todos nós e aceitemos nossas cruzes para maior glória de Deus.
Diante disto lembremos ainda que o nascimento do Menino Jesus alegra a muitos pois é Luz mas desafia a tantos outros que se escondem nas trevas do erro ou do egoismo, como Herodes. Quem aceita a luz toma um novo caminho para sua vida, tem que abandonar superstições e pecados. Deste modo, os Reis Magos voltam por outro caminho. Não o caminho que suas ciências lhe indicaram e que tinha Herodes como parada. Eles voltaram por um novo caminho que um Anjo lhes pedira.
abaixo segue fotos da celebração de sábado dia 2 de janeiro na paróquia onde recebemos a folia de reis
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