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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

CELEBRAÇÃO DE NATAL 2014

Aconteceu na noite(24) de Natal uma linda celebração com frei Valmir e toda  comunidade franciscana  na quadra do Educandário.

O presépio vivo foi representado pelo casal e bebê de nossa comunidade e pelos jovens da Jufra, que explicaram segundo São Francisco de Assis a importância do presépio.

Os paroquianos  fizeram um  gesto concreto e lindo na noite de Natal,   colaboraram  com as crianças da Casa de Santa Clara,  entregando na celebração fraldas e quites para bebê.

confira as fotos!












sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

NATAL 2014






“E Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou, e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles dentro da casa. Naquela região havia pastores, que passavam a noite nos campos, tomando conta do rebanho. Um anjo do Senhor apareceu aos pastores; a glória do Senhor os envolveu em luz, e eles ficaram com muito medo. Mas o anjo disse aos pastores: "Não tenham medo! Eu anuncio para vocês a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor”. (Lc 2,7-11)
O mistério da encarnação de Deus, a vinda de Jesus que, na humildade, sem deixar de ser Deus assumiu nossa condição humana (cf Rm 9,5; Fl 2,6-7), faz pensar no infinito amor de Deus pela humanidade.  Ele quis caminhar conosco, iluminar nossos passos, indicar o caminho da vida plena, da justiça, da solidariedade, da misericórdia e da retidão.
Muitos o acolheram e deixaram-se iluminar e guiar por Ele. Outros, porém, não o acolheram (cf Jo 1,11). Em parte, isto explica porque a humanidade ainda caminha em meio às trevas da violência, do desrespeito pela vida, das injustiças, da ganância e de tantas outras mazelas que afligem as pessoas. A luz brilha onde existe abertura. A vida muda quando as pessoas querem mudá-la.
Em nossos dias não podemos deixar de refletir a presença constante de Deus no meio da humanidade. Ele quer salvar e espera misericordiosamente a mudança para melhor de cada filho e cada filha. Da parte de Deus existe sempre fidelidade (1Cor 1,9; 10,13). O ser humano, mesmo desejando ser feliz e estar bem, em paz e harmonia, nem sempre é coerente nas atitudes, no comportamento e na conduta. Por isso, a humanidade mergulha na podridão da desonestidade, da mentira, do egoísmo e da prática de injustiças contra os semelhantes.
No Brasil e pelo mundo afora, persistem sistemas e organizações criminosas que, diante da corrida pelo poder, não valorizam a vida e não respeitam os direitos fundamentais das pessoas. O Natal é um apelo dos mais evidentes para as mudanças, não apenas de pessoas, mas de sistemas que permitem o crime e, consequentemente o sofrimento desnecessário dos mais pobres. Nossos representantes públicos deveriam “colocar a mão na consciência” e ter a nobreza de mudar o sistema para cumprir-se a lei olhando para a humanidade, reconhecendo que cada cidadão é uma pessoa, um filho, uma filha de Deus.
Contemplando o presépio, São Francisco de Assis enxergou a bondade de Deus e encarnou esta bondade em si. Ele mesmo, fazendo-se fraterno, solidário, simples e compassivo, refletia a bondade de Jesus. Este é apelo do Natal para todos nós: refletir, deixar transparecer a bondade de Deus através de gestos fraternos, solidários, simples e compassivos sem abrir mão do que é justo e agradável a Deus.


Frei Valmir Ramos, ofm